Uma história sobre geracoes, traicao e que definitivamente irá mudar a vida do Pato Cabeço!
ps: usei uma nova técnica para fazer essa história.
Menos vetor e mais "munheca" - espero que gostem!
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Não gosto de gente que não bebe. Digo, não é que odeie ou despreze, nada disso. Apenas não boto fé. A pessoa vem, você fica enchendo a carinha, e ela tomando refrigerante ou aguinha te olhando com aquela cara.
Pior são os “enrustidos”, dizem que não bebem, nunca trazem nada, mas sempre provam a vontade o seu bar.
Eu gosto de beber – e bastante! Sou um pouco compulsivo. Quando começo gosto de ficar bebendo até a hora de dormir. Tudo na boa, claro, sem vexames. Acabar a bebida antes da noite terminar é como um coito interrompido. Fica o sentimento de vazio.
Isso é longe de ser uma apologia ao álcool. Mas convenhamos, sem birita as pessoas são insuportáveis. Eu mesmo o sou.
Sou péssimo para dias da semana e datas... Nunca sei em que dia estou. Para mim a única diferença entre um dia de semana e um feriado é o horário do comércio.
Estava vivendo uma quinta-feira bem calminha, preparando para o fim-de-semana e veio meu colega dizer que era sexta-feira. Agora virou uma sexta patética.
Fui obrigado a recorrer ao velho vinho amigo para salvar o que puder dessa noite.
É engraçado como a morte mexe momentaneamente com as pessoas. Digo momentaneamente, porque depois ninguém quer mais saber.
No enterro as pessoas se abraçam, choram, pedem desculpas, resolvem problemas pendentes.
Passa um mês e já está a mesma merda de novo. Um falando mal do outro, arrependimento de ter se arrependido, e por ai vai. E olha que já morreu gente na minha família.
O pior são parentes e pessoas que nunca vi na vida, vindo me abraçar e prestar condolências. Tem gente que fica até com aquele tipo de olho “vidrado”. Faz parte do show.
Uma vez teve uma tia que morreu e fomos todos lá para o ritual funerário. Estava muito quente no dia, era verão. Fazia tempo que não visitava a cidade, e reparei que o cemitério deu uma modernizada. O carrinho para carregar o caixão estava motorizado, e do lado da capela do velório tinha uma espécie de mini-bar, com refrigerantes, cervejas, chips, chocolates, etc. Meu primo teve a brilhante idéia de tomar uma cerveja gelada para rebater o calor. Topei claro. Quando começamos a beber, a galera velha (leia-se essa galera que nunca vi na vida) começou a olhar com uma cara muito feia pra gente. Porra, NÓS éramos a família, não essa gente.
Mas tudo bem, sei que a morte é polêmica para os católicos. Falei “vamos pegar mais duas e beber atrás da capela”. Ledo engano, atrás parecia que tinha mais gente ainda. Como a falecida tia era membro atuante da igreja católica local, o ritual parecia um concurso para saber quem sabia mais músicas de igreja.
Claro que o hit continua sendo “segura na mão de Deus”.
Por que será que todo mundo que consegue fazer uma riminha já se auto-intitula poeta?
Diariamente vejo muitos “poetas”, todos nos chavões dionisíacos de sempre.
Outro dia descobri que um conhecido meu da faculdade, desses que levam mais de 9 anos para se formar, sendo agraciado com o título de POETA.
Salve o poeta!
Eu não sou poeta. Eu não sou escritor.
Considero-me desenhista – e mesmo assim há controvérsias.
Mas poeta???? Dá um tempo.
Todo mundo é poeta. Todo mundo é artista.
Só eu que sou um fudido...