quarta-feira, novembro 15, 2006

Um vazio

A geladeira, antes repleta de cerveja e das mais deliciosas iguarias, estava vazia. Do freezer retirou as forminhas ainda com gelo. Despejou os cubos na pia, que outrora estivera suja de bloody mary, de lasanhas, yakisobas e salsichas. Lembrou-se um pouco do enorme perú, mas também do fedor de cigarro com limão das manhãs de domingo.
Saiu da cozinha e avistou o quarto. As memórias de uma vida não passaram em flash como em filmes. Sua mente foi sã o suficiente para poupá-lo disso. No entanto, perturbou-se com a nova decoração, uma mistura de móveis seus com velharias, transformando o quarto em uma sala de tv.
Passando pelo banheiro olhou o espelho que tantos rostos refletira. Refletiu por um instante na semelhança entre o seu refletir e o do espelho. Achou graça e animou-se um pouco. Entrou por uma última vez no outro quarto, de onde se podia ver um grande pinheiro por uma ampla janela. Estava cheio de novas coisas, mas tão, tão vazio.
A parede amarela do corredor não projetou sua cor no teto, como acontecera em tantas noites mágicas.
Saiu e fechou a porta.

2 comentários:

Anônimo disse...

É... o fim de uma era, que infelizmente nem vivi muito.

Só não entendi a do "enorme perú"!

Ano que vem começa a Villa do Teto Amarelo versão Canadá? :)

Anônimo disse...

Morei uma semana na Vila,e sei Q foram dias bem legais na vida, Q nunca esqcerei, o Jonhy foi um cara muito legal comigo, me ajudou muito, me mostrou muitas coisas das quais eu não teria conhecido sem ele. Fica aqui os meus mais sinceros agradecimentos, ao Jonhy e ao Thiago, muito OBRIGADO MESMO, e desejo a VCs tudo de bom.
Um Abraço.
Do Amigo.
SORMANE FOGO.