sexta-feira, janeiro 26, 2007

Salve-se quem puder

To indo pra casa.
De bike.
Rezem por mim.

[]s
Bart



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Resolvi editar aqui mesmo porque eh a continuacao desse post.

Sim, cheguei vivo. Mas desta vez eu fui mais esperto. Eu peguei o cachecol e nao coloquei em volta do pescoço, mas fiz como uma mascara, tampando ateh o nariz. O gorro tampava a minha testa e somente os olhos ficavam de fora, quase como um ninja. Assim, meu nariz nao congelou, chegou sao e salvo. Mas eu aprendi uma nova licao nessas terras aqui. Acreditem ou nao, os cílios também podem congelar, especialmente andando de bike (por cause do wind chill). No começo eu senti que tinha alguma coisa errada. E de repente eu nao conseguia mais piscar direito, pq os cílios congelaram e começaram a grudar os de cima com os de baixo. O unico jeito mesmo foi passar a mao, pra quebrar uns gelinhos e daih ficar piscando bastante pra molhar os cílios com lágrimas e tentar fazer com que eles nao congelem.

Mas agora esquentou. Hoje tah -1.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

Uma sutil diferenca

Como vocês devem saber, a Villa como entidade física se acabou. Ou melhor, se dividiu em varias. Depois de algum tempo sem escrever eu finalmente coloco um post da mais nova filial da Villa, agora em terras um pouco mais congelantes. A minha nova morada eh a casa nessa foto com o saco azul pendurado. Na verdade eh "meia casa", pois eh da coluna ateh o fim da primeira janela pra esquerda.



Bem, vocês devem estar perguntando o que o título desse post tem a ver com isso. Acontece que no ultimo sábado eu fui com um amigo a um Pub local, pra fazer o que o pessoal aqui faz, assistir a um jogo de Hockey. Legal, nosso time tomou de 8x2, mas tudo bem, foi engraçado.

A sutil diferença que eu to falando aconteceu quando a gente tava voltando pra casa. Uma leve caminhada de uns 20 minutos. No meio do caminho o meu nariz começou a cocar e depois de um tempo a doer. Mas doia por dentro, nao era na ponta. Entao eu percebi que ele tinha parado de escorrer. Todos os meus líquidos do nariz estavam congelados. Os pelos internos do nariz tinham congelado e pareciam pequenas agulhinhas espetando por dentro. Então eu descobri a sutil diferença entre os -5 a -10 graus que eu estava "acostumado" na Alemanha, pros -20 e tantos daqui. Assim que chegou em casa, o Andre, que estava comigo, tirou um screenshot da pagina do tempo. Olha que delicia.



No dia seguinte eu fui ateh a universidade e no meio do caminho tirei essa foto. Jah tava bem mais quentinho, acho que uns -12 ou coisa assim. Daih meu nariz nao congelou. Mas o lago sim. No dia anterior eu nao tava conseguindo identificar onde que comecava o lago, mas esse cara aqui sabia muito bem e ficou um tempo tirando a neve pra poder jogar Hockey. O povo encarnado... e eu ateh to comecando a entender esse jogo!

Abracos,
Bart

domingo, janeiro 07, 2007

texto n.21 (Caio)

Caio era um babaca. Um babaca sem tirar nem por. Tipo completo: piadas sem graça, colocava som alto (e ruim) na praia, tinha amigos que bancava para sempre ter sua turma de bajuladores, etc.

Seu pai era deputado (o que facilitava muita coisa), e tinha um desses show televisivos (que facilita mais ainda) que distribuem prêmios para solteironas que não fazem nada além de ficar com a bunda plantada na frente da TV, sonhando em serem sorteadas com o carnê, para enfim poderem comprar um novo jogo de pratos e um liquidificador.

Apesar de todo o suporte monetário, Caio era feio. Além de babaca era feio pra caralho. Claro que a grana ajudava nesse problema, mas todo dia antes de dormir, se olhava no espelho e percebia que se não fosse a grana e o nome do papai, estaria fudido.

Como terminou a história? Caio conheceu e se casou com uma assistente de palco do programa do pai (promovida depois) e hoje também é deputado.