Está no dia.
Está na noite.
O sucesso forçado está também na necessidade de exibir a felicidade. Fotos abraçados. A galera, um punhado dos teus 487 amigos registrados. A tal bala mágica chamada balada, que derrete na boca congelando o sorriso brilhante! Sempre limpo, sempre de bom hálito.
O sucesso forçado está naquele colega que depois de longo tempo sem contato manda noticias para dizer que está de viagem pela Europa, como se uma viagem turística fosse realmente alguma façanha, um mérito, e não uma pura questão monetária (99% das vezes bancada pelo bolso do papai).
O sucesso forçado está na falsa liberação sexual que beira a um modelo altamente repressor. O sexo pelo sexo. Não acompanha nenhuma liberação mental, apenas auto-escravidão sexual. O paraíso privado.
O sucesso forçado que está na pressão da estética. Na preocupação desesperada em emagrecer, estar em forma. Não para si, mas para o que está atrás da porta da casa. Sem nenhuma utilidade, nenhuma usabilidade.
O sucesso forçado do país dos juniores. O Júnior que se elege para deputado, mas que nunca fez porra nenhuma na vida. Mas é a extensão do sucesso forçado paterno. Destaque da coluna social.
O sucesso forçado está na necessidade de afirmação, da necessidade debilóide de dizer para o máximo de pessoas possíveis que “deu certo”, ou que “está numa boa”. Todos príncipes, já disse Fernando Pessoa.
O sucesso forçado está ai. Faz tempo.
A crítica não é nova, nem a merda. Só as moscas.
2 comentários:
Que bosta!
O Milan Kundera também levantou essa questão: se Deus criou tudo, inclusive a bosta, porque a renegamos tanto?
nao se pode sair da merda, sem atolar nela antes ;)
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