
From: www.ingredientx.com
One day, I'm gonna grow wings,
a chemical reaction,
hysterical and useless.
Let Down - Radiohead
números | ano | quantidade |
001 a 030 | © 2004 | 30 |
031 a 120 | © 2005 | 90 |
121 a 186 | © 2006 | 66 |
187 a 300 | © 2007 | 114 |
números | ano | quantidade |
001 a 125 | © 2004 | 125 |
126 a 211 | © 2005 | 86 |
212 a 266 | © 2006 | 55 |
267 a 300 | © 2007 | 34 |
números | ano | quantidade |
001 e 002 | © 2005 | 2 |
003 e 005 | © 2006 | 3 |
números | ano | quantidade |
001 a 007 | © 2005 | 7 |
008 a 014 | © 2006 | 7 |
015 a 019 | © 2007 | 5 |
números | fase - estréia | quantidade |
001 a 030 | (extinta) - 01/01/2004 | 30 |
001 a 120 | I - 01/01/2005 | 120 |
121 a 260 | II - 01/01/2006 | 140 |
261 a ... (300) | III- 07/07/2007 | 40 |
mais no site da Lupe: "Lupevision" - uma das melhores desenhistas que vi na net
there is enough treachery, hatred violence absurdity in the average
human being to supply any given army on any given day
and the best at murder are those who preach against it
and the best at hate are those who preach love
and the best at war finally are those who preach peace
those who preach god, need god
those who preach peace do not have peace
those who preach peace do not have love
beware the preachers
beware the knowers
beware those who are always reading books
beware those who either detest poverty
or are proud of it
beware those quick to praise
for they need praise in return
beware those who are quick to censor
they are afraid of what they do not know
beware those who seek constant crowds for
they are nothing alone
beware the average man the average woman
beware their love, their love is average
seeks average
but there is genius in their hatred
there is enough genius in their hatred to kill you
to kill anybody
not wanting solitude
not understanding solitude
they will attempt to destroy anything
that differs from their own
not being able to create art
they will not understand art
they will consider their failure as creators
only as a failure of the world
not being able to love fully
they will believe your love incomplete
and then they will hate you
and their hatred will be perfect
like a shining diamond
like a knife
like a mountain
like a tiger
like hemlock
their finest art
Charles Bukowski
Amigo Di Cavalcanti
A hora é grave e
inconstante.
Tudo aquilo que prezamos
O povo, a arte, a cultura
Vemos sendo desfigurado
Pelos homens do passado
Que por terror ao futuro
Optaram pela tortura.
Poeta Di Cavalcanti
Nossas coisas bem-amadas
Neste mesmo exato instante
Estão sendo desfiguradas.
Hay que luchar, Cavalcanti
Como diria Neruda.
Por isso, pinta, pintor
Pinta, pinta, pinta, pinta
Pinta o ódio e pinta o amor
Com o sangue de tua tinta
Pinta as mulheres de cor
Na sua desgraça distinta
Pinta o fruto e pinta a flor
Pinta tudo que não minta
Pinta o riso e pinta a dor
Pinta sem abstracionismo
Pinta a Vida, pintador
No teu mágico realismo!
Carioca Di Cavalcanti:
Na rua do Riachuelo
Nasceste, a 6 de setembro
Do ano noventa e sete.
Infante, foste criado
No bairro de São Cristóvão
Na chácara do avô materno
Emiliano Rosa de Senna
(Nome de avô de pintor!)
Orgulhoso proprietário
Do antigo morro do Pinto
(Quem sabe não vem de herança
O teu amor às mulatas?)
Logo os bairros se renovam:
Botafogo, Glória (hotel)
Copacabana e Catete
(O Catete de onde nunca
Deverias ter saído
E ao qual agora voltaste
Humilde e reconhecido).
Moraste no hotel Central
E no hotel dos Estrangeiros:
Ambos desaparecidos
E onde à tarde, entre os amigos
Tomavas, e com que gosto
O melhor uísque do mundo!
Paquetá, um céu profundo
Que não sabe onde acabar
Viu-te muito passear
Ó genial vagabundo!
- Quantas vezes foste à Europa
Dize-me, grão-vagamundo?
No ano de trinta e oito
Em Paris te descobri
Rimos e bebemos muito
Nos bares de por ali
Lembras-te, Di? Consue-
Lo de Saint-Exupéry
Saía sempre conosco
E mais o sargento Thyrso
Que uma noite lá, por pouco
Não sai no braço comigo.
Como foste meu irmão!
Como eu fiquei teu amigo!
E no México, te lembras?
Com Neruda e com Siqueiros
E a linda Maria Asúnsolo
Que tenia blanco el pelo
Bebemos tanta tequilla
Que até dava gosto ver-nos
A comer com gulodice
Um prato de tacos pleno!
Mais de setecentas luas
Ungiram tua cabeça
Que hoje é branca como a Lua
Mas continua travessa…
Que bom existas, pintor
Enamorado das ruas
Que bom vivas, que bom sejas
Que bom lutes e construas:
Poeta o mais carioca
Pintor o mais brasileiro
Entidade a mais dileta
Do meu Rio de Janeiro
- Perdão, meu irmão poeta:
Nosso Rio de Janeiro!
São Paulo, nos 66 anos do pintor mais jovem do Brasil, 06.09.1963
=================
Poesia de Vinícius de Moraes publicada no livro Poesia completa e prosa, em Poesias coligidas e enunciada por Gláuber Rocha no filme: "Di Cavalcanti Di Glauber"
Titulo Original do filme: "Ninguém Assistiu ao Formidável Enterro de sua Quimera, Somente a Ingratidão, Essa Pantera, Foi Sua Companheira Inseparável."
Filme disponível para download no:
http://www.tempoglauber.com.br/di2.WMV
ps: A exibição do filme está interditada pela justiça desde 1979, quando da conceção de liminar pela 7a. Vara Cível, ao mandado de segurança impetrado pela filha do pintor, Elizabeth Di Cavalcanti.
born like this
into this
as the chalk faces smile
as Mrs. Death laughs
as political landscapes dissolve
as the oily fish spit out their oily prey
we are
born like this
into this
into hospitals which are so expensive that it's cheaper to die
into lawyers who charge so much it's cheaper to plead guilty
into a country where the jails are full and the madhouses closed
into a place where the masses elevate fools into rich heroes
born into this
walking and living through this
dying because of this
castrated
debauched
disinherited
because of this
the fingers reach toward an unresponsive god
the fingers reach for the bottle
the pill
the powder
we are born into this sorrowful deadliness
there will be open and unpunished murder in the streets
it will be guns and roving mobs
land will be useless
food will become a diminishing return
nuclear power will be taken over by the many
explosions will continually shake the earth
radiated men will eat the flesh of radiated men
the rotting bodies of men and animals will stink in the dark wind
and there will be the most beautiful silence never heard
born out of that.
The sun hidden there
awaiting the next chapter.
Bukowski
Não suportei permanecer todo o tempo diante da TV durante as transmissões da "maior festa do Brasil". Temi por um dano maior. Ainda assim, foram horas, muitas horas que não me serviram para absolutamente nada. Tudo poderia ter sido condensado em 10 minutos.
De longe, com vários e vários corpos de vantagem, Nelson Rubens, na RedeTV!, como seu "Bastidores do Carnaval", fica com o troféu do pior programa.
Nelson ok ok tem o sorriso mais falso do mundo. Minto. Talvez não seja falso. É o sorriso repleto de aleivosia, típico do fofoqueiro, do personagem que ele decidiu viver. E é um sorriso que se desarma sempre meio segundo antes da câmera sair, deixando claro que não está feliz, não está compartilhando nada com ninguém.
A "equipe de reportagem" não conseguia ir muito além das frases: "E aí? Muita emoção?" E o final que se repetiu 795 vezes: "Agora mostra pra gente que você tem o samba no pé". Uma cena espetacular: falando sobre a tal da emoção, a passista nos conta que, quando entra na avenida, sente um friozinho na barriga. Pois acreditem, o câmera corrigiu para a barriga da moça. Comentário de um amigo: "Tá fácil ser repórter hoje em dia, não tá?"
O Carnaval pela Band, o Folia na Band, admito que estava bem mais rico que das outras vezes. Tenho problemas com Otaviano Costa. Na minha opinião ele poderia fazer uma dupla com Celso Portioli para rodarem pelo interior apresentando baile de debutantes. Tento explicar o incômodo, o estranhamento que senti ao ver durante horas o Folia na Band. Deixou de ser uma transmissão do carnaval da Bahia. Transformou-se em um programa de auditório. O auditório, no caso, era formado por trios e bandas, além do povo pulante. E pela falta de espaço, o povo pulante era pequeno. Povo caminhante com dificuldade via-se mais.
Imagino que, segundo acordo firmado entre emissora e participantes do Carnaval, todos deveriam parar em frente ao palco e bater aquele papinho gostoso com Betinho e Otaviano. Deveriam ainda enaltecer a Band, seu trabalho maravilhoso, mostrar que gozavam de intimidade com os apresentadores e vice-versa. E foram muitas as vezes que esses mestres de cerimônia atravessaram o "samba". Marcio, da banda Psirico, decide rodar um som tecno. Otaviano se anima e começa fazer seu beatbox - sons com a boca colada ao microfone. E faltou a noção do tempo. E sobrou entusiasmo. E a cena foi ficando constrangedora.
Sempre no quesito constrangimento, a drag Léo Aquila, no Bastidores do Carnaval, volta e meia pedia ao câmera: "Começa aqui em baixo. Agora vai subindo. Olha isso, que maravilha, gente. Que deusa!" Vi essa cena se repetir umas 5 vezes. Em todas as vezes meus olhos foram agredidos. Deusas de um reino perdido que, espero francamente, jamais seja descoberto e revelado.
Mas nenhum, nenhum constrangimento foi maior que o provocado pela Mangueira ao expulsar Beth Carvalho de seu desfile.
Semana que vem volto ao assunto.