- Alô, pai?
- hum... quem?
- Sou eu, Roger.
- O que foi filho? Por que você está ligando às 4 da manhã? O que aconteceu?
- Nada pai. Quero o telefone do Felipe, mas não estou conseguindo achar, podes me passar?
- Filho, o que está acontecendo?
- Nada pai, nada. Só preciso do telefone do Felipe. Simples.
- O que queres com teu irmão? O que está acontecendo.
- Negócio entre a gente. Nada importante. Podes me passar o telefone dele, ou é difícil?
- Você está bêbado! O que está acontecendo?
- NADA, nada. Só liguei porque perdi minha agenda.
- Você não tem o telefone do seu próprio irmão no celular?
- Perdi ele também...
- Perdeu como? O que está acontecendo?
- Ai pai, deixa de ser chato. Estou ligando apenas para pegar uma porra de número de telefone, não para responder questionário.
- Olha boca seu moleque! Respeito!
- Você não vai dar então? Vou ter que acordar toda a família para pegar um simples número. É isso?
- Olha, você não tem o direito de me acordar às 4 da manhã e exigir qualquer coisa!
- Ok, desculpa. Mas preciso desse número. Podes me passar – por favor, misericórdia, mil desculpas, perdão senhor!
- Você está bêbado! O que está acontecendo? Vou ai!
- Não não não, não estou em casa. Nada aconteceu, está tudo ok. Só quero apenas um número de telefone. Podes me dar? Por favor?
- Ok, vou te dar – mas esse assunto não vai acabar aqui. O número é XXXXXX.
- Obrigado. Muito obrigado.
- Domingo a gente se fala, no batizado da tua sobrinha.
- Claro, claro. Boa noite e desculpa.
CLICK
TRIIIIMMMMMM
- Alô?!
- Felipe? Sou eu - Roger.
- O que foi porra? São 4 e meia da manhã – caralho!
- Só estou te ligando para dizer que gosto de ti pra caralho.
- ... olha...
- É verdade. Sabes que és faixa pra caralho!
- Beleza, legal. Fico comovido com a sinceridade inconveniente. Mais alguma coisa?
- Não...
- Então, boa noite Roger – vê se deixa eu dormir agora.
- Beleza... Nos vemos no batizado.
- Até domingo.
CLICK
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