- “Sei lá” - respondo rápido, querendo encerrar esse tema o mais rápido possível.
- Como "sei lá"? Você não acredita em nada, nem em deus?
- Não sei, na verdade não me importo com isso.
- Você TEM que acreditar em algo! Senão a vida é sem sentido.
- Para mim sentido é ter comida e bebida na geladeira. Sem sermão – sem pecado.
- Você é um idiota!
- Pode ser, mas sou um idiota que não se preocupa com isso.
- Você está me testando. Sabe que sou religiosa...
- ...
- Eu acredito que se você não acredita em nada, não tem imagem nenhuma, quando morrer vai ver um nada. Insiste ela.
- Ha! Agora você está falando que eu devo acreditar num velhinho sentado na cadeira, me esperando para me iluminar?
- Não! Não seja ridículo! Só acho que você deveria levar a sério isso.
- Ok... (não to a fim de prolongar esse assunto de qualquer maneira, então o melhor é concordar e ponto final)
- Fala a verdade, você não é ateu, certo?
- (Tem gente que não desiste fácil...) Olha, se um dia deus aparecer para mim, que apareça em forma de comida enlatada – que é a coisa que mais gosto que saiu dos “filhos” dele. Nada de corneta, bater de asas, efeitos pirotécnicos. Uma lata – de preferência com uma oferenda junto, de outras comidas enlatadas como feijão, milho, sopa, etc. Isso me faria feliz! (hum... que fome que bateu agora...)
- Babaca! Diz ela, me dando as costas na cama.
Mais uma noite sem sexo...
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