sexta-feira, dezembro 15, 2006

21 mulheres

Essas são as 21 mulheres que tem me acompanhado.
Tentei fazer uma ordem de preferência, foi difícil... (ordem decrescente):

n° 21 - Bear Facts


n° 20 - A Fast Takeoff


n° 19 - Cold Feed


n° 18 - Riding High


n° 17 - I've Been Spotted


n° 16 - Looking for Trouble


n° 15 - Real Neat


n° 14 - Skirts Ahoy!


n° 13 - On The Fence


n° 12 - Just for You


n° 11 - Oh, No!


n° 10 - A Nice Crop


n° 9 - The Right Number


n° 8 - A Warm Welcome


n° 7 - Class Dismissed


n° 6 - She's perfect, yes...


n° 5 - What a Deal


n° 4 - Smoke Screen


n° 3 - In for a Tanning


n° 2 - I Gave Him the Brush-Off


n° 1 - Smoking Monalisa



Qual o seu número preferido?


ps1: as Pin-Ups são de Gil Elvgren
ps2: minha preferida é a n°2, mas a Monalisa teve que ficar com a primeira posição por méritos.


quarta-feira, novembro 15, 2006

Um vazio

A geladeira, antes repleta de cerveja e das mais deliciosas iguarias, estava vazia. Do freezer retirou as forminhas ainda com gelo. Despejou os cubos na pia, que outrora estivera suja de bloody mary, de lasanhas, yakisobas e salsichas. Lembrou-se um pouco do enorme perú, mas também do fedor de cigarro com limão das manhãs de domingo.
Saiu da cozinha e avistou o quarto. As memórias de uma vida não passaram em flash como em filmes. Sua mente foi sã o suficiente para poupá-lo disso. No entanto, perturbou-se com a nova decoração, uma mistura de móveis seus com velharias, transformando o quarto em uma sala de tv.
Passando pelo banheiro olhou o espelho que tantos rostos refletira. Refletiu por um instante na semelhança entre o seu refletir e o do espelho. Achou graça e animou-se um pouco. Entrou por uma última vez no outro quarto, de onde se podia ver um grande pinheiro por uma ampla janela. Estava cheio de novas coisas, mas tão, tão vazio.
A parede amarela do corredor não projetou sua cor no teto, como acontecera em tantas noites mágicas.
Saiu e fechou a porta.

terça-feira, outubro 24, 2006

Da solidão.



O fim da tarde de outono trazia nuvens escuras, a óbvia previsão de chuva e aquela inquietante sensacão de solidão. Não entendia como podia a sua solidão ser tão elétrica. Imaginara a solidão algo calmo, cortante mas sereno, pois afinal, não se tem mais nada. Se está só. Porque então essa tensão, esse fervor, se era estar só que sentia?

Sabia que teria problemas pra chegar em casa. A chuva viria, as ruas alagariam, os ônibus lotariam. Resolveu que não se curvaria ao tempo. Se ao menos tivesse hoje podido visitar o banheiro em paz. Mas não. Estivera o dia todo ocupada. E quando tinha alguma folga dos clientes, o chefe não perdoava. Olhava-o e imediatamente vinha em sua memória a página do dicionário. Tinha olhado na semana anterior. Gosmento, que tem gosma ou consistência de gosma, babento, baboso, que escarra muito, catarrento, adoentado, fraco. Sabia que todas as definicoes cabiam-lhe perfeitamente, mas preferia "fraco". O chefe era um fraco. Um fraco, que tinha algum poder. Se é que se pode chamar "poder", ser chefe das vendedoras de sapato naquela loja. Mas transformava esse pequeno ecossistema em seu universo pessoal e abusava deste efêmero poder. Um fraco.

Parou de divagar. Resolveu que não se curvaria ao tempo, repetiu. Tinha que repetir suas decisões mentalmente, seguidamente, como que pra realmente se convencer. Não se curvaria ao tempo. A qual tempo se referia? Não sabia mais. Possivelmente ambos.

Acabado o expediente, a solidão ainda no peito acompanhava a disposicão de chegar em casa, já que o céu ameacador ainda permanecesse na ameaca. A pé, cortando caminho pelo parque, evitaria os ônibus e os inconvenientes das multidões amplificadoras da solidão. Caminhava lentamente por entre as árvores, respirava o ar mais puro possível naquela cidade. Lembrou-se do cheiro que havia comecado tudo. Precisava chegar em casa. Então deu-se conta de que näo. Não precisava chegar em casa. O que havia lá?

A promessa então se cumpriu e dos céus veio uma chuva de gotas gordas, daquelas que encharcam antes de que se tenha chance de abrigo. Afinal, pra que se abrigar da água? Havia visto na TV. Ou num livro, quem sabe. Provavelmente na TV, mas gostava de pensar que tinha lido, e que havia imaginado por conta própria a imagem da sedutora mocinha solitária embaixo da chuva. A chuva redentora. A chuva que tem que estar em toda história de sofrimento e amor. Sentiu-se a mocinha. Levantou os bracos para o céu, como tinha imaginado, ou visto. Fechou os olhos e ficou sentindo cada gota de chuva que encostava em seu corpo. Sentia quanto uma gota maior tocava seus lábios e sentia prazer quando esta se atrevia em seus seios. O cheiro. A água invadiu suas roupas e sentia que invadia mais que isso. Mas sabia que era água o que tinha por companhia. Sabia que não passava de uma solitária que já encontrava na chuva um parceiro. Precisava gritar. Precisava pegar o responsável por tudo isso pelo pescoco. Pega-lo, coloca-lo numa cadeira, amarrado, espanca-lo. Ou melhor, deixa-lo. Deixa-lo amarrado a uma cadeira, uma TV à sua frente. Todo dia, novela. Todo dia algo feliz, alguém mais feliz, alguém mais bonito, alguém mais magro, alguém mais perfeito, alguém Mais.

A chuva então cessou. E Verônica se sentiu ridícula, toda molhada, parada no meio do parque com as mäo erguidas aos céus.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Deus Existe!



Deus existe! ...e está mijando na minha cabeça desde 1974... (Pt-Br)
Es gibt Gott! ...und er pisst auf meinem Kopf seit 1974... (De)
There is God! ...and he pisses on me since 1974... (En)

quinta-feira, outubro 19, 2006

texto n.20 (Verônica)


Verônica trabalha em uma loja de departamentos, setor de calçados. Sexta feira sempre foi o pior dia da semana, sempre de ressaca. Normalmente só podia dormir umas 3 horas. Mas o que fazer? Se não der para aproveitar a vida, ela não vale. E isso inclui as noitadas de quinta.

Ela odeia seu emprego, patrão, colegas de trabalho e clientes. Esses últimos são os piores, quem afinal precisa acordar tão cedo para comprar sapatos?

Suas colegas de trabalho também não ajudam. Todas vestindo aquele horrível uniforme verde, com cabelos tingidos porcamente. E o papo então?

Sexta feira, ressaca violenta, não ajuda nem um pouco a tolerar essa situação. Na verdade a coisa já está meio amortizada. Está tudo mecânico, robótico, quando um cliente esbarra nela.

Ao invés de se sentir incomodada, ela sente um cheiro. Cheiro de homem, que a faz lembrar do tempo em que está sem sexo. Ela não viu o rosto, ou quem era. Apenas ficou o cheiro e uma estranha perturbação.

- Vou buscar mais uns calçados lá embaixo. Fala pra colega.

Ao chegar no estoque, percebe que passou direto pelas mercadorias e parou na frente do banheiro.

- Devo estar louca. Pensa

Mesmo assim entra no banheiro. Escolhe a última cabine – que tem maior espaço. Entra, mesmo sem vontade de usar o banheiro. Encosta a mão na parede, olha sua saia. Começa a lembrar do cheiro que sentiu antes, quando esbarrou no cliente.

Automaticamente começa a subir a saia e baixar a calcinha. A diversão começa com toques suaves de seus dedos, partindo da carícia para penetração intensa.

Ela não consegue pensar mais no trabalho. Pensa no cheiro. Pensa que está tendo um momento bom, enquanto os outros estão lá fora trabalhando. O mundo para ali. O mundo gira ali. Nada mais importa, a não ser esse momento.

Ela percebe que nunca teve um momento tão bom quanto esse que está tendo agora, em anos de trabalho. Como ela não pensou nisso antes?

Ela termina. Olha a porta. Cheira sua mão. Lava as mãos e se olha no espelho. Volta ao trabalho de mãos vazias, mas com a sensação do dever cumprido.

Foi seu melhor dia de trabalho. A partir de então suas visitas ao banheiro ficaram freqüentes.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Em Busca de um Manifesto pela Complexidade

Existem muitas coisas nesse mundo que me decepcionam profundamente. Existem também coisas que simplesmente me fazem sentir impotente diante dos efeitos maléficos de se viver em nossa sociedade. Uma dessas coisas é o simples fato de que eu sei quem é um ser chamado Paris Hilton. Esse fato, o simples fato de que eu sei que ela existe é a evidência suprema da aberracão em que vivemos. Eu me pego muitas vezes desgostoso por saber que minha mente é tão impotente perante aos meios de comunicacão.

Obviamente que eu poderia escolher ser um ermitão, viver numa montanha, já que praia deserta hoje é difícil encontrar. Mas não é esse o ponto. Eu não quero me isolar. Eu quero que a informacão que chegue a mim seja relevante. Que seja complexa. Chega de comida mastigada, chega de entender o final do filme, chega de ter mais informacão disponível sobre o fim de semana ou casamento de algum idiota do que sobre ciência, arte ou filosofia. Chega de ter como meta o fim, ao invés de ter o caminho como meta.

Já ouvi de alguns amigos sobre música: "nao adianta, quando você acha que eles chegaram no fundo do poco, no ano que vem eles lancam algo pior". Porquê? E não estou aqui falando de música, eu estou falando de tudo. Porquê eles lancam algo pior? O que é ser pior?

Em geral, pior é falar algo mais grotesco, fazer algo mais "baixo-nível", um ator de meia-tijela que tem um "projeto". Em geral, é fazer algo mais simples e vendável. "Nossa, a música dele é tão gostosa, tão fácil de ouvir". "Ah! Gosto tanto deste escritor, você lê o livro dele e nem parece que está lendo, nem percebeu, chegou ao fim".

Pois é, chegou ao fim. E você não se lembra de nada, pois não tinha nada. Nem parece um livro! A música acabou e você não percebe, pois vem outra. Igual. Ou tão fácil quanto. Tão estúpida quanto.

Por isso o que busco é um manifesto. Busco um manifesto nos moldes de um dogma, mas que não restrinja, expanda. Mas ao expandir, que torne tudo complexo. Que torne tudo dolorido. E que todos gostem dessa dor, pois é ela que ensina. É ela que por fim mantém em mim a vontade de estar aqui.

domingo, outubro 15, 2006

O beijo

Levantou-se e era tudo igual. O café quente descia a garganta junto ao pão com manteiga. No jornal, as mesmas noticias estúpidas do dia anterior. Um beijo. Bom dia. No caminho ao trabalho olhava as árvores, avermelhadas nesta época do ano. O fim de semana teria tempo bom, um chá à beira do mar, ao sol, protegidos do vento pela grande janela de vidro, lenha queimando à lareira. As folhas vermelhas misturavam-se às amarelas ainda sentindo um respingo de vida em suas veias. Sentia ainda um respingo de vida em suas veias. E não sabia avaliar o resultado desse sentimento. Queria viver, dizia. Não queria, sabia. As árvores afunilavam-se num corredor interminável e o vento levantava as folhas em rodamoinhos, prontamente destruídos pela massa poderosa de seu carro. Na curva, uma árvore atingia seu explendor de beleza, elevando-se àcima das outras, distinguindo-se como uma rainha. Sentia o vento frio entrando pela fresta da janela e, levando o ar ao fundo dos pulmões, regava aos sentidos alguma esperanca. Os olhos fixos na rainha, não entendia como seria ser uma rainha. Näo soube em todo o tempo, o que seria ser um ser. O corredor de árvores sorria torto, um sorriso quente e aconchegante, avermelhado e amarelado pelas folhas numa manhã azul. Então compreendeu por um instante. Os músculos relaxaram enquanto a boca serena enlacava-se em um nobre beijo.

sábado, outubro 14, 2006

Caminhos



Caminhos,
esses são escolhas.
Por vezes acreditamos saber
onde nos levam,
mas a verdade é que
há o desejo de acreditar neles.
Porque o estar perdido
é o incerto, o que não sabemos,
o que ainda não pensamos.
Esse nos leva pelo mundo
com miragens e emboscadas.
O seguro segue o caminho conhecido,
com obstáculos calculados.
O sonhador escolhe atalhos,
trilhas ou o vento, o perfume,
o prazer do instantâneo.
Não há certo ou errado,
o que existe é a caminhada
e como a fazemos.

quarta-feira, outubro 11, 2006

texto n. 19 (mao na perna)

Uma mão na perna.

Foi assim que tudo começou.

Cumprimentos e rituais sociais em mesa de bar.

Depois de algumas bebidas: uma mão na perna.

Uma ação que só leva alguns segundos, mas dura uma eternidade.

O problema não é o ato em si, e sim de quem pertence essa mão.

Não é a mão da namorada ao lado, e sim da irmã de um amigo na mesa.

Uma mão na perna.

Algo libidinosamente inocente. Uma ingenuidade cruel.

Uma mão na perna que ao invés de melhorar, estraga a noite.

Alguém que colocou a mão na hora errada.

Alguém muito esperta que viu no primeiro segundo.

Alguém que só emprestou a perna.

Uma mão na perna.

terça-feira, outubro 10, 2006

texto n. 18 (Sao Jorge é matador de dragao, mas nao trouxa)

Jorge sempre foi um cara gozado. Desde cedo sempre fez jus à fama de “São Jorge – o matador de dragões”. Claro que não era proposital, simplesmente acontecia. O pior é que sempre estava com seu amigo Carlos, parceiro de noitadas que fazia questão de anotar e espalhar para todos as desventuras do nosso herói bíblico.

Na ultima noite saíram juntos, mais uma vez, para uma festa universitária.

- Vai ter mulher pra caralho. Farmácia! Sinaliza Carlos

- Com certeza. Melhor que Farmácia só Pedagogia. Conclui Jorge.

Depois de algumas latas e vinho de garrafão, lá está Carlos se dando bem com uma mina.

- (Porra, o bixo já se adiantou. Não posso ficar atrás). Pensa Jorge, a essa altura já de olho em uma gordinha perto dele.

- (Essa ai é gordinha, mas tem cara de safada. Melhor do que ficar no zero a zero. Já peguei piores). Raciocina, partindo pra cima.

Papo vem, papo vai e começa a catação.

- (Tinha razão, essa mina é safada mesmo. Pelo que entendi ela mora aqui perto. Melhor assim, não tenho que gastar com táxi). Ainda no seu jogo de levá-la o mais rápido para a cama, com o menor custo e tempo preciso.

- Olha Jorge, gostei de você. Você me deixa com muita tesão, mas não vamos transar.

- (O que ela está me falando?) ok...

- Eu SEI que você vai insistir. Eu SEI que você vai perguntar o por quê...

- ("Por quê"?? O que essa gordinha ta querendo dizer? Acho que ela quer jogar, então beleza) Ok... Não vou insistir e nem perguntar. Vivemos em um país livre (ah... mereço um Oscar!).

- Sério? Você não quer nem ao menos saber o por quê?

- (há! Sabia! Se fazendo de difícil, para eu entrar no jogo de perguntas e insistências) Não.

- ... Mas eu falo mesmo assim. Não tem nada a ver contigo. É que sou da Igreja Batista, e só posso transar depois de casar.

- (Que merda ela está me falando?) É isso mesmo? Não estás de gozação?

- Não. Já pequei nessa vida e me arrependi. Sei que é difícil, mas está na bíblia.

- Então a gente leu bíblias diferentes, a que conheço só diz “crescei e multiplicai”.

- Você conhece a bíblia?

- Minha família é católica (sua crente do caralho).

- Então... na minha está escrito que o corpo é sagrado, e que devo esperar o casamento para concluir essa comunhão. Mas eu sei que você ainda vai insistir nesse assunto. Todos os homens são iguais.

- (putz... além de crente é recalcada) Não, não vou insistir. Na verdade estou até saindo fora. Prazer em conhecer.

- Você já vai (sem nem insistir um pouquinho???)?

- Sim. Tchau Tchau (posso ser “São Jorge”, mas não trouxa).

Sem ainda entender a dispensa e a não insistência, ela se aproxima de Carlos.

- O Jorge é teu amigo?

- Sim.

- Tudo bem, não quero te atrapalhar. Vai fundo que essa menina que você está falando eu já conheço: fácil. Conclui dando um apertão na bunda de Carlos.


quarta-feira, outubro 04, 2006

Novo Best-Seller

Diretamente de Schleswig-Holstein, extremo norte da Alemanha, o livro que vai guiar e preparar a cabeça da juventude que segue à capital em busca de aventuras, conhecimento e salas de cinema:





ps: Grünkohl é um prato típico do norte da Alemanha. É a "coisa verde" no prato acima. Numa tradução livre seria "couve verde" e só é preparada no inverno.
Para saber mais: wikipedia (em alemão)

terça-feira, outubro 03, 2006

texto n. 17 (a mais santa da cidade)


A mais santa da cidade.

A mais santa da cidade sabe ser provocante na hora certa.

Sabe ser provocante na hora errada.

Faz diferentes juras para diferentes caras, de diferentes raças e diferentes credos.

Joga, mas muitas vezes não paga pra ver.

A mais santa da cidade sempre tem alguém que cuide dela.

Alguém que pague para ela.

Alguém que pague por ela.

Mas nunca alguém que a tranque e guarde a chave.

No seu bolso cabem muitas coisas, mas nunca as certas.

A mais santa da cidade também tem humor.

A mais santa da cidade também tem TPM.

Tem muitas coisas, mas nunca a certeza sobre o que quer.

Mas tem destreza.

Não tem qualidades domésticas.

Tem um falso moralismo de fazer milagres.

O que importa é continuar sendo a mais santa da cidade.

Mesmo que de mentirinha.

domingo, outubro 01, 2006

quando penso que já vi de tudo...

Sempre achei ridículo gente que compra jeans "rasgado", "furado", etc. É forcar a barra ao extremo. Ou voce tem um jeans que com o uso do tempo acabou rasgando, ou vc tem um novo.

Agora, comprar um já rasgado - é uma idiotia completa. É dizer "sou cool, tenho jeans rasgado, surrado" "quanto tempo? R: 3 dias".

Bem, nao vou me aprofundar sobre isso, porque descobri que o buraco já está mais embaixo.

Nessas "navegacoes" pela internet, me deparei com um site de Jeans (nudie jeans).

Agora, além de vender rasgado, surrado, vendem "sujo". Isso mesmo. No estilo "6 meses sem lavar", para fazer a juventude ser mais descolada ainda!

Abaixo fotos extraidas do site, que nao me deixam mentir:



ps: por módicos 120 euros

sábado, setembro 30, 2006

texto n. 16 (Gisele & Plínio)


- Que vexame! Desdenha ela

- ... Responde ele.

- Nada? Silêncio? Só isso que tens para falar?

- CALA A BOCA, estou todo fudido por tua culpa!

- Minha culpa? Se soubesse que você era de nada, tinha achado outro homem para fazer o serviço.

- Como é que é?

- Isso que tu ouviu.

- Só me faz um favor: Me deixa no hospital e some.

- Ok, mas isso não muda o que aconteceu.

- O que aconteceu é que você é uma puta mentirosa!

- Ah... Agora eu sou a puta. Antes era meu amor! Antes era “deixa que eu acabo com ele”, mas na hora da verdade...

- Você não me avisou que teu namorado era marombado.

- Sempre te falei que ele era grande e violento.

- É... obrigado! Falasse porra nenhuma!

- Olha aqui querido, te falei que só fico com homem que mostra seu valor, e você foi um fiasco nisso.

- Beleza, fique com o marombado corno. Depois dessa, estou fora. Tchau.

- hunf...

- “hunf” o que?

- Até parece que é você quem está decidindo isso. Não gosto de homem frouxo.

- É? Pare o carro. AGORA!

Parando o carro. – O que vai ser agora? Desafia ela.

PLAFT! Dá um tapa no rosto e abre a porta do carro.

- Espera! Segurando pelo braço.

Puxa ele de volta e lhe dá um beijo.

- Deixa o hospital para lá, vamos para um motel!



quinta-feira, setembro 28, 2006

Vale a pena?






Esse cara as vezes me deixa tenso.

bla
bla
bla
bla
bla bla bla
bla bla bla bla bla
bla bla bla bla bla bla bla
bla bla bla bla bla bla bla
bla bla bla bla bla bla bla
bla bla bla bla bla bla bla
bla bla bla bla bla
bla bla bla
bla bla bla
bla bla bla bla bla
bla bla bla bla bla bla bla
bla ble bli blo blu
ble bli blo
bli

segunda-feira, setembro 25, 2006

texto n. 15 (morena)


morena
morena bonita
morena da cor do pecado
morena comprometida
morena casada
morena proibida
morena enigma
morena complexa
morena quente
morena fria
morena enigma
morena perto
morena longe
morena fácil
morena difícil
morena jogadora
morena tentadora
morena sonho
morena café-da-manha
morena sorriso
morena cigarro
morena tatuagem
morena enigma
morena música
morena protesto
morena morena
morena

Paiol de Pólvora

(Vinícius de Moraes)

pólvora

Estamos trancados no paiol de pólvora
Paralisados no paiol de pólvora
Olhos vedados no paiol de pólvora
Dentes cerrados no paiol de pólvora

Só tem entrada no paiol de pólvora
Ninguém diz nada no paiol de pólvora
Ninguém se encara no paiol de pólvora
Só se enche a cara no paiol de pólvora

Mulher e homem no paiol de pólvora
Ninguém tem nome no paiol de pólvora
O azar é sorte no paiol de pólvora
A vida é morte no paiol de pólvora

São tudo flores no paiol de pólvora
TV a cores no paiol de pólvora
Tomem lugares no paiol de pólvora
Vai pelos ares o paiol de pólvora

sábado, setembro 23, 2006

Pensamentos desconexos

Nao tô com saco de escrever muito hoje mas, como estava com algumas idéias na cabeca e nenhuma delas em si vale um post completo, vai um apanhado de idéias.

1) Quem, por favor, alguém neste mundo, que tenha um mínimo que seja de sanidade, nao estou dizendo que seja completamente sao ou que realmente entenda algo que se passa nesse planeta, me explique, por favor, quem eh a "Bruna Surfistinha", pra dizer que a Cicarelli "passou dos limites com seu vídeo"? OK, a Cicarelli apareceu ali com seu "namorado" nuns amassos que nao deveriam ser feitos em publico. Mas por que alguém vai perguntar a opiniao da Bruna Surfistinha sobre isso? Eu nao sei se o que me deixa mais desgostoso eh o fato dela ter alguma opiniao pra dar, o fato de alguem pegar a opiniao dela e colocar na primeira pagina de algum jornal ou site importante ou o fato de que uma pessoa X aparecendo num video se amassando com seu "namorado", algo que todo ser normal nesse mundo faz, seja motivo de tanta repercussao, mais falado talvez do que as merdas que estao acontecendo na politica brasileira. Quando chego de manha no trabalho, ninguem me fala "olha, voce viu que descobriram escutas no telefone do presidente do TSE, que absurdo!". Mas eu escuto "voce viu o video da cicarelli?!?!?!?!".

2) Eu estou agora na inglaterra, mas estarei na alemanha quando acontecera o primeiro turno das eleicoes e, se tiver, estarei lah tambem no segundo. Assim, infelizmente, nao vou votar. O que mais me incomoda nessas eleicoes, como eu jah discuti com um monte de gente, eh o fato do cidadao brasileiro (ok, do brasileiro, nao vamos discutir cidadania) votar em pessoas e nao em partidos. Eu nao entendo como alguem pode dizer "ah, o partido X eh uma merda, mas eu nao to votando no partido, to votando em fulano Y". Nao existe isso! Se eleito, fulano Y vai governar como?? Ele por um acaso foi eleito pra ser ditador por 4 anos?? Nao! Ele vai governar com partido X e todas as suas aliancas e favores, etc. Assim, nao se engane! Nao adianta voce dizer que "Fulano Y nao participa das falcatruas de seu partido", pois fulano Y nao vai governar sem seu partido!

3) Esse pensamento eh diretamente relacionado ao anterior. Eu sou uma pessoa que consegue percorrer argumentacoes complicadas pra chegar a um resultado óbvio, ou pelo menos que todas as pessoas dizem ser óbvio quando anuncio meu resultado. De qualquer forma, é assim que eu sou e nao tem como eu ser diferente. Eu estive ultimamente refletindo como é que o nosso presidente pode ter 50% de intencoes de voto quando tudo o que acontece ao redor dele sao falcatruas, roubos, delitos, crimes, etc; quando todas as pessoas mais proximas dele foram demitidas ou se demitiram por alguma ilegalidade; quando somente nos restam 3 opcoes: ou ele é um idiota completo e realmente nao sabia de nada, ou ele é o maior cínico do mundo e sabia de tudo, ou entao ele sabia "de leve" do que estava acontecendo, mas nao tava nem aí. Bem, o fato é que ainda assim 50% dos brasileiros dizem que vao votar nele (estou assumindo que as pesquisas nao foram manipuladas e etc). E as pessoas se perguntam, como pode isso? Será que o povo é tao imbecil que aceita isso? Porquê? Bem, a resposta dos analistas é a de que o nosso presidente se dedicou aos pobres, criou vários jeitos de distribuir esmola para quem mais precisava de esmola. Outro fato é que em uma democracia, o voto dessa pessoa que recebeu a esmola vale o mesmo tanto que o voto do presidente e que vale o mesmo tanto que o seu voto ou meu. Isso é democracia, e democracia "é o pior sistema de governo que existe, fora todos os outros", parafraseando Churchill, acho. Bom, entao quer dizer que o presidente, apesar de toda merda que fez, vai ser reeleito porque deu esmola a pobres. E a oposicao se sente no direito de dar isso como justificativa. Dizem algo como, "nao eh possivel! ele vai se eleger dando esmola!", como se fosse a coisa mais absurda do mundo. O que eles nao vêm, é que o presidente só pode controlar tanta gente assim com esmola, porque existe tanta gente assim! Elas estao lah, essas pesssoas. E elas votam. E elas sao o resultado de 500 anos de governos de pessoas e partidos que resultaram no que hoje é a nossa oposicao. Quer dizer, se o pessoal que tah na oposicao hoje tivesse feito o servico direito, nao teriamos esse contingente de pessoas que se deixam levar com esmola. Ou seja, a culpa, no fim das contas, é da propria oposicao. E eu nao quero dizer que acho certo que essas pessoas votem no presidente (jah que acho que elas vao ficar na esmola pra sempre), mas acho que votar nele é a conclusao mais obvia que possa passar na mente delas (afinal, alguém, pela segunda vez na história, olhos pra elas).

4) Eu tenho lido bastante ultimamente. Hoje acabei um livro de um tal de Nick Hornby, que escreveu o livro que deu origem àquele filme High Fidelity, que nao assisti. O livro se chama "A long way down", é interessantezinho, entretenimento. Mas teve uma parte em que uma menina argumenta com a mae dela sobre restaurantes e espacos publicos, que achei interessante. A mae reclamava que ela gostava de grandes lojas de departamentos, de mcdonalds e lojas impessoais. A mae gostava de ir a um restaurante pequeno, aconchegante, ser conhecida dos garcons, dos donos, do manobrista. Ser tratado como pessoa-cliente e nao como um caixa-eletronico-cliente, que dah o dinheiro, recebe a mercadoria e sai fora. A menina argumentava que exatamente o fato dela poder ser totalmente anônima era o que ela gostava das grandes lojas, dos shows enormes, da falta completa de individualidade nesses lugares. Isso me fez lembrar o quanto eu gosto de estar sozinho, de ir a um lugar qualquer e saber que as pessoas a minha volta nao sabem quem eu sou, nao querem saber, nao estao nem aih comigo. E eu me sinto feliz quando isso acontece, porque as vezes eu gosto de simplesmente tomar minha cerveja e pensar. Tem vezes que a gente quer simplesmente pensar e nao quer que ninguem estrague esse momento ou saiba que voce existe. De qualquer forma, eu acho que só consigo realmente gostar de estar sozinho quando eu sei que de uma forma ou de outra, essa minha solidao é uma coisa premeditada, temporaria e que existe alguém nesse mundo que realmente gostaria de estar do meu lado, que se importa comigo, com o que eu penso, e que a recíproca também é verdadeira. Nao sei se alguem gosta de uma solidao imposta, seja pela forca dos homens, seja pela forca da vida. Mas a solidao, imposta ou auto-induzida, com certeza é a forca motriz de uma grande parte das grandes obras da humanidade.

Horário Eleitoral Gratuito

sexta-feira, setembro 22, 2006

texto n. 14 (Martha & Daniel - II)



- Posso te confessar uma coisa? Ela pergunta

- Sim... Ele responde, se preparando mentalmente para o que quer que seja essa tal confissão.

- Quando te conheci achei que você fosse um tipo durão, tal, mas agora vejo que você só é pessimista.

- Durão? Pessimista? Que papo é esse?

- É sim. Você faz o tipo do “meio copo vazio”.

- Meio copo vazio? Esse papo está parecendo àqueles programas de qualidade que dão em empresas.

- Você sempre espera o pior de tudo.

- Apenas não tenho ilusões...

- Isso não é sobre ilusões, é sobre escolher ver o lado positivo ou o lado negativo da vida.

- ah... ok...

- É sério! Tente ver o que está de errado, mas procure achar o lado bom, ou como melhorar.

- Minha querida, isso é fácil. TUDO está errado. A coisa toda já começou errada, e vai terminar assim.

- Eu sou um erro?

- Agora você está levando para outra ótica, não é disso que estou falando...

- Olha pra mim, me responde: eu sou um erro?

- Essa discussão é um erro. Você é perfeita. Dando um beijo para ver se acalma a fera e acaba esse papo.

- Você não vai se safar assim tão rápido.

- Meu amor, o que eu quero dizer é que o melhor é não ter ilusões sobre a vida, sobre as pessoas ou o que quer que seja. Se você já começa com a opinião de que a coisa é errada ou ruim, se for boa é um adianto! Que bom se eu me enganasse o tempo todo! Seria tudo perfeito!

- Então, eu sou um engano. Um engano que ficou “perfeita”, como você disse.

- Isso é você quem está dizendo... Minha mensagem é “sem ilusões”, apenas isso. Tome do jeito que quiser.

- Sabe o que eu acho? Não acho que você é um pessimista. Você é apenas um idiota! Levanta da cama, veste o roupão e sai do quarto.

- Puta merda... Já vi esse filme... Desliga a TV e vira pro lado.

quinta-feira, setembro 14, 2006

texto n. 13



O céu nunca esteve tão estrelado.

Uma noite de verão, os dois estavam deitados na areia da praia.
Ele descobrindo o prazer desajeitado entre as pernas dela.
Tudo era tão diferente do que havia pensado.
Ela o tranqüiliza e não reclama da qualidade duvidosa do sexo improvisado.
Ele depois faz a óbvia confissão:
- Como foi a sua primeira vez com um virgem?
- Foi bom.
- (felicidade excitada)
- Na verdade não tenho muita experiência também. Você foi meu segundo (mentira necessária).
- Sério? Como foi a sua primeira vez?
- Nem lembro muito bem... Estava bêbada em uma festa e acabou acontecendo com um cara que conhecia. Nada íntimo. Nada especial como agora.
- Vamos naquela barraca?
- Fazer o que?
- Dar uma volta. Está uma noite linda, e lá não tem risco de aparecer alguém para estragar.
- Ok!

Juntos vão para uma barraca de beira de praia, vazia nessa hora da noite.

- É verdade que sou o segundo? Pergunta ele.
- Sim.
- Sei que não deve ter sido muito bom – estava nervoso.
- Foi ótimo!
- O que acha de uma “segunda chance”?
- Vem cá...

O céu nunca esteve tão estrelado.



sábado, setembro 09, 2006

texto n. 12 (Roger & Felipe)

TRIIIIMMMMMM

- Alô, pai?

- hum... quem?

- Sou eu, Roger.

- O que foi filho? Por que você está ligando às 4 da manhã? O que aconteceu?

- Nada pai. Quero o telefone do Felipe, mas não estou conseguindo achar, podes me passar?

- Filho, o que está acontecendo?

- Nada pai, nada. Só preciso do telefone do Felipe. Simples.

- O que queres com teu irmão? O que está acontecendo.

- Negócio entre a gente. Nada importante. Podes me passar o telefone dele, ou é difícil?

- Você está bêbado! O que está acontecendo?

- NADA, nada. Só liguei porque perdi minha agenda.

- Você não tem o telefone do seu próprio irmão no celular?

- Perdi ele também...

- Perdeu como? O que está acontecendo?

- Ai pai, deixa de ser chato. Estou ligando apenas para pegar uma porra de número de telefone, não para responder questionário.

- Olha boca seu moleque! Respeito!

- Você não vai dar então? Vou ter que acordar toda a família para pegar um simples número. É isso?

- Olha, você não tem o direito de me acordar às 4 da manhã e exigir qualquer coisa!

- Ok, desculpa. Mas preciso desse número. Podes me passar – por favor, misericórdia, mil desculpas, perdão senhor!

- Você está bêbado! O que está acontecendo? Vou ai!

- Não não não, não estou em casa. Nada aconteceu, está tudo ok. Só quero apenas um número de telefone. Podes me dar? Por favor?

- Ok, vou te dar – mas esse assunto não vai acabar aqui. O número é XXXXXX.

- Obrigado. Muito obrigado.

- Domingo a gente se fala, no batizado da tua sobrinha.

- Claro, claro. Boa noite e desculpa.

CLICK

TRIIIIMMMMMM

- Alô?!

- Felipe? Sou eu - Roger.

- O que foi porra? São 4 e meia da manhã – caralho!

- Só estou te ligando para dizer que gosto de ti pra caralho.

- ... olha...

- É verdade. Sabes que és faixa pra caralho!

- Beleza, legal. Fico comovido com a sinceridade inconveniente. Mais alguma coisa?

- Não...

- Então, boa noite Roger – vê se deixa eu dormir agora.

- Beleza... Nos vemos no batizado.

- Até domingo.

CLICK


quinta-feira, setembro 07, 2006

texto n. x+11 (Martha & Daniel - I)

- “Você acha que existe vida pós-morte?” Ela pergunta.

- “Sei lá” - respondo rápido, querendo encerrar esse tema o mais rápido possível.

- Como "sei lá"? Você não acredita em nada, nem em deus?

- Não sei, na verdade não me importo com isso.

- Você TEM que acreditar em algo! Senão a vida é sem sentido.

- Para mim sentido é ter comida e bebida na geladeira. Sem sermão – sem pecado.

- Você é um idiota!

- Pode ser, mas sou um idiota que não se preocupa com isso.

- Você está me testando. Sabe que sou religiosa...

- ...

- Eu acredito que se você não acredita em nada, não tem imagem nenhuma, quando morrer vai ver um nada. Insiste ela.

- Ha! Agora você está falando que eu devo acreditar num velhinho sentado na cadeira, me esperando para me iluminar?

- Não! Não seja ridículo! Só acho que você deveria levar a sério isso.

- Ok... (não to a fim de prolongar esse assunto de qualquer maneira, então o melhor é concordar e ponto final)

- Fala a verdade, você não é ateu, certo?

- (Tem gente que não desiste fácil...) Olha, se um dia deus aparecer para mim, que apareça em forma de comida enlatada – que é a coisa que mais gosto que saiu dos “filhos” dele. Nada de corneta, bater de asas, efeitos pirotécnicos. Uma lata – de preferência com uma oferenda junto, de outras comidas enlatadas como feijão, milho, sopa, etc. Isso me faria feliz! (hum... que fome que bateu agora...)

- Babaca! Diz ela, me dando as costas na cama.

Mais uma noite sem sexo...


quarta-feira, setembro 06, 2006

Solucao para o desemprego

Ontem a noite eu fui a um bar chamado Taktlos com uns amigos alemaes, pra comemorar a formatura de um deles. Era um povo engracado, dois doutorandos em alguma coisa ligada a agricultura, cinco mestrandos em computacao e um advogado. Conversa vai, conversa vem, um deles comeca a falar do trabalho de doutorado dele. Ele tah estudando um maluco japones que tem a teoria do "nix tun" pra plantar. Traduzindo, deve-se plantar a semente e "nao fazer" nada. Espera crescer, rega e tals, mas sem aditivos, maquina é proibido, deixa a natureza agir. Parece que o resultado eh "permakultur", ou seja, pode-se no mesmo terreno plantar permanentemente, o contrario das culturas extensivas que detonam o solo.
Bom, vamos ao ponto. Essa conversa degringolou pra economia, obviamente, pois quem disse que essa nix tun vai escalar? Entao comecamos a discutir desemprego, o que fazer com todas as pessoas do mundo, pois parece que simplemente nao tem trabalho pra todo mundo. Agora os empregos que exigem menos raciocinio, que sao mais manuais, estao saindo da alemanha pra polonia. Da polonia, comeca a ir pra ucrania. Isso sem contar a china. Ou seja, uma hora aqui nao vai ter ninguem trabalhando, mas tambem nao vao ganhar dinheiro suficiente pra poder comprar o que os chineses tao produzindo.
Resumindo, a produtividade humana, em conjunto com as maquinas, chegou a um ponto, onde a gente consegue com pouca gente produzir um monte. E nao precisa que tanta gente trabalhe. É claro que o que acontece hoje, é que um monte de gente fica desempregada.
Entao um dos caras soltou uma teoria no mínimo engracada. A solucao eh "proibir mulher de trabalhar". Simples assim. Pois eh, o cara diz que se nenhuma mulher trabalhar, se elas ficarem em casa, cuidando da comida, tranquilas, fazendo o que quiserem, jah tiramos de uma tacada soh 50% dos trabalhadores do mercado. Assim, nao tem desemprego! Eh claro que isso vai de contra com as teorias da ONU, como pode ser visto aqui. Mas quem disse que a ONU tah certa? A gente vive seguindo o que a ONU diz e estamos onde estamos. Alem disso, eu acho essa teoria errada. O certo é somente um do casal trabalhar. Assim eu posso ficar em casa de boa ;-)
Pensem nisso.
Abracos,
Bart

terça-feira, setembro 05, 2006

texto n° x+10

Onde foi parar a criatividade dos filmes pornô? Todos que vejo seguem o mesmo velho e massante roteiro: oral – vaginal – anal – facial humiliation. Sempre o mesmo esquema...

Antigamente tinha Cicciolina e algumas outras demências européias. A galera era mais escrota, mais peluda, mais verdadeira (até onde isso dá para aplicar nesse gênero). Hoje é todo mundo bombado e depilado, seguindo o mesmo roteiro.

Está na hora de inovar esse ramo. Usar naves espaciais, mulheres exóticas, caras estranhos, papai Noel, Jesus e seus 12 apóstolos em Sodoma e Gomorra, por que não?

Estão perdendo dinheiro ou eu sou muito otário mesmo...


Solução para o Brasil

O Dahmer deu a letra:

segunda-feira, setembro 04, 2006

domingo, setembro 03, 2006

Semáforo


apenas uma noite prosaica...




texto n° x+8 / x+9

Nunca gostei de formalidades. Principalmente em eventos. Bailes de Formatura???? Nem a pau!

Meu guarda roupa é dividido mais ou menos em “usáveis” e “não-usáveis”, a segunda categoria é só para dormir mesmo.

Sempre achei que roupa é para usar, no seu sentido literal. Senta no chão e não enche o saco.

Tem gente que quase chora se a “roupa nova” sujou.

É normal passar alguns dias usando a mesma camiseta. Durmo, acordo, durmo e acordo com a mesma roupa. Claro que isso depende diretamente se tomo banho, ou não.

Como não faço atividades físicas, normalmente tomo banho um dia sim e outro não. Claro que há exceções em ambas regras.


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Pior que Baile de Formatura é Festa de 15 anos. Se um dia eu tiver uma filha, e ela me pedir uma festa de 15 anos, seria uma decepção grande.

Acho que todo pai deveria se preocupar se o filho é um idiota, ou não.

Hum... Pensando melhor, não sei qual dos dois é pior. Acho que volto meu voto e escolho Baile de Formatura, pois é feito por gente mais velha do que 15 anos.

É “A” chance de um bando de retardados caipiras usar terno e gravata uma vez por ano. E normalmente no verão – pelo menos no Brasil.

Ficam suando que nem porcos, tomando – também uma vez por ano – whisky. Todos abraçados com o “júnior” – o formando.

O mais patético é ficar lutando para conseguir um convite de entrada. Tem gente que fica – de terno e gravata – na porta do clube, mendigando um convite que tenha sobrado dos “eleitos” – convidados.

Pau no cú do júnior.

Entrevista com Charles Bukowski



Achei essa entrevista em uma comunidade no orkut e compartilho aqui


Sean Penn - Charles Bukowski: dez anos passados desde a morte do escritor (09/03/1994), reproduzimos uma célebre entrevista feita pelo ator Sean Penn. O encontro ocorreu em 1987, quando o ator estava em Los Angeles para protagonizar Barfly, um filme-biografia sobre a vida de Bukowski, que ultrapassou em muito o território da literatura. Na última hora, porém, Sean perdeu o papel que foi entregue a Mickey Rourke. A entrevista se manteve e tornou-se memorável. Por razões de edição, a intervenção de Sean Penn concentra-se em escolher assuntos, pontos, questões que Charles Bukowski enfrenta como sempre: debochadamente, desbocadamente, cinicamente e... apaixonadamente, como era do feito daquele último beatnik, primeiro punk, amante das mulheres, das corridas e proprietário de frases e pensamentos sem freios.

BARES:
“Eu não vou muito a bares. Tirei isso do meu sistema. Hoje, quando entro num bar, sinto náuseas. Freqüentei muito, enche o saco. Os bares servem para quando somos jovens e queremos brigar, dar uma de macho, arrumar umas mulheres. Na minha idade, eu não preciso mais dessas coisas. Agora só entro nos bares para urinar. Às vezes, entro e já começo a vomitar”.

ÁLCOOL:
“O álcool é provavelmente uma das melhores coisas que chegaram à Terra, além de mim. Nos entendemos bem. É destrutivo para a maioria das pessoas, mas eu sou um caso à parte. Faço todo o meu trabalho criativo quando estou intoxicado. O álcool, inclusive, me ajudou muito com as mulheres. Sempre fui reticente durante o sexo, e ele me permitiu ser mais livre na cama. É uma liberação porque basicamente eu sou uma pessoa tímida e introvertida, e ele me permite ser este herói que atravessa o espaço e o tempo, fazendo uma porção de coisas atrevidas... O álcool gosta de mim.”

FUMAR:
“O cigarro e o álcool se equilibram. Certa vez, ao despertar de uma embriaguês, notei que havia fumado tanto que minhas mãos estavam amarelas, quase marrons, como se eu tivesse colocado luvas. E passei a reclamar: ‘Droga! Como estarão os meus pulmões?’”

BRIGAR:
“A melhor sensação é quando você acerta um sujeito que todo mundo acha impossível. Certa ocasião enfrentei um cara que estava me xingando. Falei pra ele: ‘Tudo bem, venha’. Não tive problema – ganhei a briga facilmente. Caído no chão, com o nariz ensangüentado, ele falou: ‘Jesus, você se move tão lentamente que pensei que seria fácil. Mas quando começou a briga, eu não conseguia nem ver as tuas mãos. O que aconteceu?’. Respondi: ‘Não sei, cara. As coisas são assim. Um homem se prepara para o dia que precisa’.”

GATOS:
“É bom ter um monte de gatos em volta. Se você está mal, basta olhar pra eles e fica melhor, porque eles sabem que as coisas são como são. Não tem porque se entusiasmar com a vida, e eles sabem. Por isso, são salvadores. Quantos mais gatos um sujeito tiver, mais tempo viverá. Se você tem cem gatos, viverá dez vezes mais que se tivesse dez. Um dia, isso será descoberto: as pessoas terão mil gatos e viverão para sempre.”

MULHERES, SEXO:
“Eu as chamo de máquinas de queixas. As coisas entre elas e os homens nunca estão bem para elas. E quando vêm com essa histeria... Ah, eu tenho que sair, pegar o carro, ir embora para qualquer lugar. Tomar café em algum canto, fazer qualquer coisa, menos encontrar outra mulher. Acho que elas são feitas de maneira diferente, não? Quando a histeria começa, o cara tem de ir embora e elas não entendem porque. ‘Onde vai?’, gritam. ‘Vou à m..., querida!’. Pensam que sou um misógino, mas não é verdade. É fofoca. Ouvem por aí que Bukowski é ‘um porco chauvinista’, mas não vêm de onde partiu o comentário. Verdade! Às vezes, eu pinto uma má imagem das mulheres nos meus contos, e faço a mesma coisa com os homens. Até eu me ferro nesses escritos. Se realmente não gostar de uma coisa, digo que é ruim, seja homem, mulher, criança ou cachorro. As mulheres são tão encanadas que pensam que são meu alvo especial. Esse é o problema delas.”

PRIMEIRA VEZ:
“Minha primeira vez foi insólita. Não sabia como fazer, e ela me ensinou todas essas coisas de sacanagem. Lembro que ela dizia: ‘Hank, você é um bom escritor, mas não sabe nada sobre as mulheres.’ ‘O que você está dizendo? Eu já estive com uma porção de mulheres.’ ‘Não, não sabe nada. Vou te ensinar algumas coisas.’ Concordei. Depois, e ela disse: ‘Você é bom aluno, entende rápido’. [Bukowski faz cara de envergonhado. Não pelos detalhes, mas pelo sentimento da lembrança.] Mas esse assunto de ... Eu gosto de servir a mulher, mas isso tudo tá tão exagerado! O sexo só é bom quando você não o faz.”

ESCREVER:
“Escrevi um conto a partir do ponto de vista de um violentador de uma menininha. E as pessoas passaram a me acusar. Diziam: ‘Você gosta de violentar criancinhas?’. Eu disse: ‘Claro que não. Estou fotografando a vida’. De repente, estava envolvido com uma porrada de problemas. Por outro lado, os problemas vendem livros. Em última instância, eu escrevo para mim. [Bukowski dá uma longa tragada em seu cigarro.] É assim. A tragada é para mim, a cinza é para o cinzeiro. Isto é publicar. Nunca escrevo de dia porque é como ir pelado a um supermercado - todos te podem ver. À noite é quando saem os truques da manga... E vem a magia.”

POESIA:
“Faz séculos que a poesia é quase um lixo total, uma farsa. Tivemos grandes poetas, entenda bem. Existiu um poeta chinês chamado Li Po que tinha a capacidade de colocar mais sentimento, realismo e paixão em quatro ou cinco simples linhas que a maioria dos poetas em suas doce ou treze páginas de m... Li Po bebia vinho também e costumava queimar seus poemas, navegar pelo rio e beber vinho. Os imperadores o amavam porque entendiam o que ele dizia. Lógico que ele só queimou os maus poemas. O que eu quis fazer, desculpem, é incorporar o ponto de vista dos operários sobre a vida... Os gritos de suas esposas que os esperam quando voltam do trabalho. As realidades básicas da existência do homem comum... Algo que poucas vezes se menciona na poesia há muito tempo.”

SHAKESPEARE:
“É ilegível e está demasiadamente valorizado. Só que as pessoas não querem ouvir isso. Ninguém pode atacar templos. Shakespeare foi fixado à mente das pessoas ao longo dos séculos. Você pode dizer que fulano é um péssimo ator, mas não pode dizer que Shakespeare é uma m... Quando alguma coisa dura muito tempo, os esnobes começam a se agarrar a ela como pás de um ventilador. Quando os esnobes sentem que algo é seguro, se apegam. E se você lhes disser a verdade, eles se transformam em bichos. Não suportam a negação. É como atacar o seu próprio processo de pensamento. Esses caras me enchem o saco.”

HUMOR E MORTE:
“Para mim, o último grande humorista foi um cara chamado James Thurber. Seu humor era tão real que as pessoas gritavam de rir, como numa liberação frenética. Eu tenho um ‘fio cômico’ e estou ligado a ele. Quase tudo o que acontece é ridículo. Defecamos todos os dias - isso é ridículo, não? Temos que continuar urinando, pondo comida em nossas bocas, sai cera de nossos ouvidos... As tetas, por exemplo, não servem para nada, exceto...”.

NÓS:
“A verdade é que somos umas monstruosidades. Se pudéssemos nos ver de verdade, saberíamos como somos ridículos com nossos intestinos retorcidos pelos quais deslizam lentamente as fezes... enquanto nos olhamos nos olhos e dizemos: ‘Te amo’. Fazemos e produzimos uma porção de porcarias, mas não peidamos perto de uma pessoa. Tudo tem um fio cômico.”

GANHAR:
“E depois de tudo, morremos. Mas a morte não nos ganhou. Ela não mostrou nenhuma credencial; nós é que nos apresentamos com tudo. Com o nascimento, ganhamos a vida? Não, verdadeiramente, mas a f.da p. da morte nos sufoca... A morte me provoca ressentimento, a vida também, e muito mais estar pressionado entre as duas. Você sabe quantas vezes eu tentei o suicídio? Me dá um tempo, tenho só 66 anos. Quando alguém tem tendências suicidas, nada o incomoda, exceto perder nas corridas de cavalos.”

AS CORRIDAS: “Durante um tempo quis ganhar a vida com as corridas de cavalos. É doloroso, vigoroso. Tudo está no limite, o dinheiro do aluguel, tudo. É preciso ter cuidado. Uma vez, eu estava sentado numa curva, haviam doze cavalos na disputa, todos amontoados. Parecia um grande ataque. Tudo o que eu via era essas grandes traseiras de cavalos subindo e descendo... Pareciam selvagens. Pensei: ‘Isso é uma loucura total’. Mas tem outros dias em que você ganha 400 ou 500 dólares, ganha oito ou nove corridas, e se sente Deus, como se soubesse tudo.”

AS PESSOAS:
“Não olho muito as pessoas. É perturbador. Dizem que se você olha muito para uma outra pessoa acaba ficando parecido com ela. Pobre Linda! Na maioria das vezes eu posso passar sem as pessoas. Elas me esvaziam e eu não respeito ninguém. Tenho problemas nesse sentido. Estou mentindo, mas, creia-me: é verdade.”

A FAMA:
”É uma cadela, é a maior destruidora de todos os tempos. A fama é terrível, é uma medida numa escala do denominador comum que sempre trabalha num nível baixo. Não tem valor nenhum. Uma audiência seleta é muito melhor.”

SOLIDÃO:
”Nunca me senti só. Durante um tempo fiquei numa casa, deprimido, com vontade de me suicidar, mas nunca pensei que uma pessoa podia entrar na casa e curar-me. Nem várias pessoas. A solidão não é coisa que me incomoda porque sempre tive esse terrível desejo de estar só. Sinto solidão quando estou numa festa ou num estádio cheio de gente. Cito uma frase de Ibsen: ‘Os homens mais fortes são os mais solitários’. Viu como pensa a maioria: ‘Pessoal, é noite de sexta, o que vamos fazer? Ficar aqui sentados?’. Eu respondo sim porque não tem nada lá fora. É estupidez. Gente estúpida misturada com gente estúpida. Que se estupidifiquem eles, entre eles. Nunca tive a ansiedade de cair na noite. Me escondia nos bares porque não queria me ocultar em fábricas. Nunca me senti só. Gosto de estar comigo mesmo. Sou a melhor forma de entretenimento que posso encontrar.”

TEMPO LIVRE:
“É muito importante e temos que parar por completo, não fazer nada por longos períodos para não perdê-los inteiramente. Ficar na cama olhando o teto. Quem faz isso nesta sociedade moderna? Pouquíssimas pessoas. Por isso é que a maioria está louca, frustrada, enojada e com ódio. Antes de me casar, ou de conhecer muitas mulheres, eu baixava as cortinas e me punha na cama por três ou quatro dias. Levantava só para ir ao banheiro e comer uma lata de feijão. Depôs me vestia e saía à rua. O sol brilhava e os sons eram maravilhosos. Me sentia poderoso como uma bateria recarregada.”

BELEZA: “A beleza não existe, especialmente num rosto humano – ali está apenas o que chamamos fisionomia. Tudo é um imaginado, matemático, um conjunto de traços. Por exemplo, se o nariz não sobressai muito, se as costas estão bem, se as orelhas não são demasiadamente grandes, se o cabelo não é muito comprido. Esse é um olhar generalizante. A verdadeira beleza vem da personalidade e nada tem a ver com a forma das sobrancelhas. Me falam de mulheres que são lindas... Quando as vejo, é como olhar um prato de sopa.”

FIDELIDADE:
“Não existe. Há algo chamado deformidade, mas a simples fidelidade não existe.”

IMPRENSA:
“Aproveito as coisas más que dizem sobre mim para aumentar a venda de livros e me sentir malvado. Não gosto de me sentir bem porque sou bom. Mas, mau? Sim, me dá outra dimensão. Gosto de ser atacado. ‘Bukowski é desagradável!’ Isso me faz rir, gosto. ‘É um escritor desastroso!’ Rio mais ainda. Mas quando um cara me diz que estão dando um texto meu como material de leitura numa universidade, fico espantado. Não sei, me assusta ser muito aceito. Parece que fiz alguma coisa errada.”

O DEDO:
[Ergue o dedo mínimo de sua mão esquerda] “Você viu alguma vez este dedo? [O dedo parece paralisado em forma de “L”]. Quebrei uma noite, bêbado. Não sei porque, ele nunca voltou ao normal. Mas funciona bem para a letra ‘a’ da máquina de escrever, e - que mistério! – acrescenta coisas aos meus personagens.”

VALENTIA:
“Falta imaginação à maioria das pessoas supostamente valentes. É como se não pudessem conceber o que aconteceria se alguma coisa saísse mal. Os verdadeiros valentes vencem a sua imaginação e fazem o que devem fazer.”

MEDO:
“Não sei nada sobre isso.” [Ri]

VIOLÊNCIA:
“Acho que, na maioria das vezes, a violência é mal interpretada. Faz falta uma certa violência. Existe em nós uma energia que precisa ser liberada. Se ela for contida, ficamos loucos. Às vezes, chamam de violência à expulsão da energia com honra. Existe loucura interessante e loucura desagradável; há boas e más formas de violência. Sei que é um termo vago, mas ela fica bem se não acontecer às custas dos outros.”

DOR FÍSICA:
“Com o tempo, o cara se endurece e agüenta. Quando eu estava no Hospital Geral, um cara entrou e disse: ‘Nunca vi ninguém agüentar a agulha com tanta frieza’. Ora, isso não é valentia. Se o sujeito agüenta, alguém cede. É um processo, um ajuste. Mas não existe maneira de se acostumar com a dor mental. Fico longe dela.”

PSIQUIATRIA:
“O que conseguem os pacientes psiquiátricos? Uma conta. Creio que o problema entre um psiquiatra e seu paciente é que o psiquiatra atua de acordo com o livro, ainda que o paciente chegue pelo que a vida lhe fez. E mesmo que o livro possa ter certa astúcia, as páginas sempre são as mesmas e cada paciente é diferente. Existem muito mais problemas individuais que páginas. Tem muita gente louca para resolvê-los, dizendo: ‘São tantos dólares por hora e quando a campainha tocar a sessão estará terminada’. Isso só pode levar um cara um pouco louco à loucura total. Quando as pessoas começam a se abrir e sentir bem, o psiquiatra diz: ‘Enfermeira, marque a próxima consulta’. O cara tá aí para sugar, não para curar. Quer o teu dinheiro. Quando toca a campainha, que entre o louco seguinte. Aí o louco sensível vai perceber que quando toca a campainha, é sinal que o f... Não existem limites de tempo para curar a loucura. Muitos psiquiatras que vi parecem estar no limite deles mesmos, mas estão bem acomodados. Ah, os psiquiatras são totalmente inúteis. Próxima pergunta...”

FÉ:
“Tudo bem que as pessoas a tenham, mas não me venham enfiar isso na cabeça. Tenho mais fé no encanador que no Ser Eterno.”

CINISMO:
“Me chamaram sempre de cínico. Creio que o cinismo é uma uva amarga, uma debilidade. É dizer: ‘Tudo está uma m... Isso não tá bom, aquilo tá ruim’. O cinismo é a debilidade que evita que nos ajustemos ao que acontece no momento. O otimismo também é uma debilidade: ‘O sol brilha, os pássaros cantam, sorria.’ Isso é uma m... igual. A verdade está em algum ponto entre os dois. O que é, é. Se você não está disposto a suportar a verdade, dane-se!”

MORALIDADE CONVENCIONAL:
“Pode ser que não exista o inferno, mas os que julgam podem perfeitamente criá-lo. As pessoas estão muito domesticadas. O cara tem que ver o que acontece e como vai reagir. Vou usar um termo estranho aqui: o bem. Não sei de onde vem, mas sinto que existe um componente de bondade em cada um de nós. Não acredito em Deus, mas creio nessa ‘bondade’ como um tubo que está dentro de nossos corpos e que pode ser alimentada. Ela é sempre mágica quando, por exemplo, numa estrada sobrecarregada de automóveis, um estranho te oferece lugar para mudar de mão.”

SOBRE SER ENTREVISTADO:
“É vergonhoso e, por isso, nem sempre digo toda a verdade. Gosto de brincar e mentir um pouco. Daí que dou informações falsas só pelo gosto de distrair. Se quiserem saber alguma coisa de mim, não leiam uma entrevista. Ignorem esta, também”.

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Na verdade essa entrevista é mais longa em inglês. Aqui vai o link:
http://bukowski.net/poems/int2.php


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quarta-feira, agosto 30, 2006

Shirley

Acaba de sair do forno o mais novo especial do "Pagando O Pato": Shirley!

Uma história sobre geracoes, traicao e que definitivamente irá mudar a vida do Pato Cabeço!

Confira no link:




ps: usei uma nova técnica para fazer essa história.
Menos vetor e mais "munheca" - espero que gostem!


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segunda-feira, agosto 28, 2006

ENQUETE (Pagando O Pato)

A partir de um tópico no orkut surgiu a idéia de fazer uma enquete para saber quais as preferências dos leitores em relacao aos personagens.

Selecionei os personagens que considero mais pernitentes. Caso tenha deixado algum de fora é só falar que incluo na pesquisa.





(respostas no orkut, ou nos comentários)

segunda-feira, agosto 21, 2006

domingo, agosto 20, 2006

texto n° x+7

Não gosto de gente que não bebe. Digo, não é que odeie ou despreze, nada disso. Apenas não boto fé. A pessoa vem, você fica enchendo a carinha, e ela tomando refrigerante ou aguinha te olhando com aquela cara.

Pior são os “enrustidos”, dizem que não bebem, nunca trazem nada, mas sempre provam a vontade o seu bar.

Eu gosto de beber – e bastante! Sou um pouco compulsivo. Quando começo gosto de ficar bebendo até a hora de dormir. Tudo na boa, claro, sem vexames. Acabar a bebida antes da noite terminar é como um coito interrompido. Fica o sentimento de vazio.

Isso é longe de ser uma apologia ao álcool. Mas convenhamos, sem birita as pessoas são insuportáveis. Eu mesmo o sou.

quinta-feira, agosto 17, 2006

texto n° x+6

Sou péssimo para dias da semana e datas... Nunca sei em que dia estou. Para mim a única diferença entre um dia de semana e um feriado é o horário do comércio.

Estava vivendo uma quinta-feira bem calminha, preparando para o fim-de-semana e veio meu colega dizer que era sexta-feira. Agora virou uma sexta patética.

Fui obrigado a recorrer ao velho vinho amigo para salvar o que puder dessa noite.

Vagas para o Blog da Villa






É issoae mesmo! Estamos abrindo vagas para quem quiser escrever aqui no Blog da Villa do Teto Amarelo.

Quem estiver interessado é só entrar em contato! Procrastinacao Total!!